Esta seção é destinada a quem deseja obter uma visão geral da Bíblia. São 8 tópicos que se complementam entre si, nessa única página:

  • Por que ler a Bíblia?
  • As Escrituras
  • O Criador
  • A criação do homem
  • A condição atual do homem
  • A incapacidade do homem de andar na vontade de Deus
  • O plano de Deus para resgatar o homem
  • O futuro da humanidade

Por que ler a Bíblia?

Há muitas coisas que poderiam ser ditas aqui, sobre as razões pelas quais nós deveríamos nos interessar em conhecer a Bíblia, o que venho fazendo desde 2018. 

De forma bastante sucinta temos que:

A primeira razão para estudá-la reside nas evidências de sua integridade, conforme demonstramos um pouco ao longo dessa página, e em segundo lugar pelas respostas fundamentais sobre a existência humana, atual e futura, que podemos obter através dela. 

Ainda poderia ressaltar, que o simples fato de, estarmos todos, sem exceção, sujeitos à morte do nosso corpo, uma motivação isoladamente suficiente, para meditarmos nas revelações que ela tem para nós.

Boa leitura


As Escrituras

A Bíblia ou as Escrituras como elas são autodenominadas (1 Coríntios 15:3-4), são o conjunto de 66 livros diferentes (existem 7 a mais na Bíblia católica), que foram redigidos ao longo de vários séculos, e cujos manuscritos chegaram até nós, já consolidados em um único livro, e traduzidos a partir de seus idiomas originais hebraico, aramaico e grego.

Os livros redigidos antes da vinda de Jesus Cristo formam o Antigo Testamento, sendo Malaquias o último deles (450-430 a.C.), e os livros redigidos após a sua vinda, formam o Novo Testamento, o qual foi escrito no século I, por aqueles que testemunharam o que Jesus disse e fez.

Apesar de seus muitos editores e das centenas de anos que separam o conteúdo de cada um dos livros da Bíblia, trata-se efetivamente de um único livro, pelo fato de não se contradizerem, e muito pelo contrário, por se complementarem de forma harmônica, sendo então uma das evidências de sua inspiração divina (2 Timóteo 3:16).

Mas é justamente na vida de Jesus, que se consolidam as evidências sobre a integridade de seu conteúdo, quer pelo cumprimento das muitas profecias do Antigo Testamento a seu respeito (veja a seção Download), quer pelas inúmeras coisas sobrenaturais que ele fez, diante de incontáveis testemunhas, para nos provar quem ele é (1 Coríntios 15:3-7; João 20:30-31).

(...) Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: 'Sou Filho de Deus'? Se eu não realizo as obras do meu Pai, não creiam em mim. Mas se as realizo, mesmo que não creiam em mim, creiam nas obras, para que possam saber e entender que o Pai está em mim, e eu no Pai".

João 10:36-38

A integridade do conteúdo bíblico é reforçada também por outras profecias cumpridas, como aquelas relacionadas à história dos impérios antes de Cristo (veja a seção Download), e da não omissão de erros cometidos por personagens bíblicos, denotando sua transparência e compromisso com os fatos.

Jesus respondeu: "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'".

Mateus 4:4

Então onde podemos encontrar essa verdadeira palavra de Deus, que Jesus disse ser crucial a nós? Quais livros devem fazer ou não parte dessa palavra de Deus? 

O próprio Jesus nos revelou que três conjuntos de livros que estavam escritos até aquele momento, devem compor a palavra de Deus:

E disse-lhes: "Foi isso que eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos".

Lucas 24:44

Em outras palavras Jesus se referenciou ao mesmo conjunto de livros que compunham os 39 livros da Bíblia judaica e que agora integram o Antigo Testamento da Bíblia cristã atual (a única diferença entre elas, está na forma em que os livros são divididos ou agrupados).

Sabedores de que Jesus falou somente, o que Deus lhe disse para falar (João 14:24), então tudo o que ele disse, também é parte integrante da palavra de Deus, ou seja, os evangelhos.

E por último, tudo o que foi escrito, por meio das legítimas testemunhas oculares de Jesus, a quem ele concedeu diretamente autoridade e poder para testemunharem em seu nome ("As instruções de Jesus aos seus apóstolos") também compõem a palavra de Deus.

Assim os livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento, que compõem as Escrituras ou Bíblia, é a palavra de Deus aos homens.


Uma vez que temos acesso aos mesmos textos da palavra de Deus, por que vivemos um tempo de grande confusão do "testemunho cristão" na Terra, com interpretações das mais diversas? E como explicar muitos dos comportamentos de "cristãos" que não parecem condizer com os que Jesus ensinou?

A explicação tem uma razão simples. Trata-se do cumprimento das profecias do surgimento dos falsos apóstolos, mestres, profetas, pastores etc. (2 Pedro 2:1-3; 1 João 2:18; Mateus 24:11Atos 20:29), que foram inseridos no meio cristão como parte da inevitável apostasia, isto é, o desvio da verdade (2 Tessalonicenses 2:3), que já vem se intensificando até que atinja o seu ápice.

Assim despidos de qualquer interesse comercial ou financeiro, e sem vínculo ou compromisso com qualquer organização religiosa, esse blog tem como objetivo servir de instrumento, para abrir mentes e corações, daqueles que quiserem também aprender as verdades sobre as revelações de Deus ao homem, que estão na Bíblia ou Escrituras.


O Criador

Conforme vimos na seção anterior, as coisas que Jesus fez entre os homens, bem como as profecias que se cumpriram nele, são ou pelo menos deveriam ser, como ele mesmo disse, prova suficiente de sua condição divina e da existência do Criador (João 10:36-38).

Sendo Deus espírito (João 4:24), não será através de nossos sentidos (olfato, paladar, visão, audição e tato), que provaremos a existência de Deus. Jesus porém nos ofereceu uma forma de fazermos isso:

O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito".

João 3:8 

Nós atestamos a existência do vento, não por que o vemos, mas por que percebemos a sua ação sobre nós. Da mesma forma, a humanidade pode atestar a existência de Deus, que é espírito, tanto através da obra de Jesus quando esteve entre nós, como também através das coisas criadas por Deus.

pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas...

Romanos 1:19,20 

Quando vemos alguém com um celular, um computador, um veículo etc., nós automaticamente assumimos que alguém fez aquelas coisas, pois de que outra forma, coisas tão complexas assim existiriam? E pelo logotipo da marca, ainda que não tenhamos visto sua produção, sabemos até quem fez.

Analogamente também as coisas criadas apontam para Deus: a complexidade do sistema imunológico humano, de seus códigos genéticos, do cordão umbilical que alimenta o bebê, das funções distintas de cada de um dos órgãos humanos (pulmões, intestinos, olhos etc), a capacidade de reprodução. a exclusiva gravidez da mulher etc.

O fato de sermos algo tão mais complexo que o nosso celular, computador e carro etc. aponta para a existência de um Criador, inclusive pelo nosso elevado nível de inteligência, que nos diferencia em relação às demais espécies.

Vejamos ainda, as sementes de plantas. Elas são de dois tipos principais, as angiopermas e as gimnospermas. Na primeira, a semente se desenvolve dentro do fruto, como no caso das maças e na segunda, a semente se desenvolve nas estruturas de árvores, como no caso do pinheiro. Como então teria surgido a primeira semente de ambas, já que elas somente são geradas já dentro das plantas? Isto aponta para a existência de um Criador que fez as primeiras sementes.

Assim também, o primeiro homem e primeira mulher podem ser vistos como figuras da semente, que teve que ser criada antes, para que todos os homens viessem a existir, a partir de nascimentos biológicos.


A criação do homem

Jesus disse que a Lei de Moisés é parte integrante da palavra de Deus, e que por sua vez, contém o livro de Gênesis, que nos revela como Deus criou todas as coisas, inclusive o homem. 

Todos nós já ficamos alguma vez, satisfeitos e orgulhosos por causa de algo legal ou importante que fizemos. Seja um trabalho, uma viagem, um curso ou qualquer outra coisa, e então pensamos que isso ou aquilo foi muito bom.

Similarmente, quando Deus terminou a obra da Criação, ele também disse que tudo havia ficado muito bom (Gênesis 1:10,12,18,21,25,31).

Mas o que será que Deus quis dizer com "ficou muito bom"?

Podemos dizer que a obra de um artista é o reflexo de quem ele é. Nesse sentido, para respondermos a pergunta acima, é necessário falar sobre quem Deus é.

Além de ser espírito e amor (João 4:24; 1 João 4:16), Deus também é luz e nele não há maldade alguma (1 João 1:5). Logo, faz sentido que, em sua natureza original, o homem criado não estava inclinado para praticar injustiças, e é por isso que Deus disse que a criação do homem havia ficado muito boa.

Uma forma de evidenciar isso, está na ausência de maldade ou malícia no comportamento de Adão e Eva, imediatamente após terem sido criados por Deus:

O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.

Gênesis 2:25 


A condição atual do homem

Deus criou o primeiro homem à sua imagem e semelhança, isto é, com a natureza que não tinha inclinação para praticar coisas más ou injustas, e o capacitou para dominar sobre a Terra que havia criado (Gênesis 1:26; Gênesis 2:15,25), tendo inclusive lhe dado o privilégio de poder ter filhos (Gênesis 1:28a).

Deus também deu a Adão, o que chamamos aqui de "livre arbítrio", uma vez que ele tinha a possibilidade de decidir em função de sua própria vontade, e sem qualquer restrição no seu processo decisório.

Adão tinha de um lado, a opção de crer e/ou obedecer ao Criador e assim viver continuamente em sua presença, e do outro lado, a opção de não crer e/ou não obedecer ao Criador, mas enfrentar consequências, entre elas, a de ser expulso da presença de Deus e de passar a enfrentar a morte do corpo (Gênesis 3:1-4).

Todavia o homem não deu ouvidos ao que Deus havia dito a ele, e usou de seu poder de livre arbítrio ou escolha, para desobedecê-lo, tendo como resultado a corrupção de sua natureza original, que a partir de então, passou a ser inclinada para o mal, como podemos facilmente observar nos comportamentos que Adão e Eva passaram a apresentar, imediatamente após terem desobedecido ao seu Criador:

  • Malícia: "Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se." (Gênesis 3:7)
  • Vergonha de Deus: "Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim." (Gênesis 3:8).
  • Jogar a culpa nos outros fugindo da responsabilidade: "Disse o homem: "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi"." (Gênesis 3:12)
  • Amor aos bens materiais, ciúmes e inveja: "Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou." (Gênesis 4:3-5)
  • Ódio e disposição para cometer assassinatos: "Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: "Vamos para o campo". Quando estavam lá, Caim atacou seu irmão Abel e o matou." (Gênesis 4:8)
  • Inclinação do homem para tudo o que era mal: "O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal." (Gênesis 6:5)

Essa então é a razão pela qual todos os seres humanos estão sujeitos à morte do corpo, em função do homem de ter corrompido a sua natureza original, decorrente de sua própria escolha e decisão.

Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará".

Gênesis 3:19 

Um recém nascido, além de herdar as características físicas de seus pais ou avós, está sujeito também a herdar suas doenças hereditárias, ou de ser diretamente prejudicado pela má alimentação da mãe, inclusive consumo eventual de álcool ou drogas.

De forma semelhante a isso, a natureza corrompida de Adão e Eva, também foi transmitida a todos os seus descendentes, de forma que todos nós já nascemos naturalmente inclinados para injustiças, desde um "simples" levar vantagem ou uma "mentirinha" até em coisas mais graves, como no caso da pré-disposição de Caim em assassinar o seu irmão Abel "apenas" por causa de ciúmes (Gênesis 4:8).

A despeito de tudo isso, logo após Adão ter desobedecido, o Criador lhe prometeu uma solução para recolocá-lo diante de sua presença no futuro, através de um descendente de mulher que Deus enviaria, isto é, Jesus Cristo (Gênesis 3:15; Romanos 1:1-2).

Esse plano de resgate é explicado através dos próximos tópicos.


A incapacidade do homem de andar na vontade de Deus

Adão não só corrompeu a sua própria natureza, como também a de seus descendentes, que já nasceram com inclinação para todo tipo de mal e injustiças, inclusive assassinatos (Gênesis 4:8; Gênesis 6:5,11). Nada diferente do que, infelizmente, nos acostumamos a ver nos noticiários diários.

Mas seriam a expulsão diante da presença de Deus no Éden e a morte do corpo, as únicas consequências para o homem?

As próprias Escrituras nos revelam que, após a morte do nosso corpo, a humanidade ainda está sujeita ao juízo de Deus:

Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo,
Hebreus 9:27 

Isto porque a morte do corpo está conectada à nossa natureza corrompida e/ou nossa capacidade de ir contra a vontade de Deus (pecar), e o juízo pós-morte está conectado às obras de cada um de nós durante nossa vida na terra.

(...) Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros.

Apocalipse 20:12 

Esse julgamento acima não será realizado segundo os padrões de justiça humanos, mas segundo o padrão divino, os quais foram transmitidos por Deus a Moisés.

Que diremos então? A lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a lei não dissesse: "Não cobiçarás".

Romanos 7:7 

A lei de Moisés contém, na verdade, 613 mandamentos e não somente os conhecidos 10 mandamentos, que fazem parte dela. 

Todavia Jesus explicou que o padrão de Deus, é ainda mais elevado do que isso (Mateus 5:20), dando exemplos, da nossa incapacidade de estar à altura do padrão divino, em função de nossa natureza corrompida:

"Vocês ouviram o que foi dito: 'Não adulterarás'. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.

Mateus 5:27,28

É por isso que as Escrituras afirmam, que nenhum de nós, é bom o suficiente para ser recolocado diante da presença de Deus, por nós mesmos e voltar a ter aquela natureza de Adão antes de pecar (Gênesis 2:25).

A história humana está recheada de exemplos, de até onde o homem pode chegar com suas injustiças, ainda que nem todos nós venhamos a apresentar o mesmo grau de perversidade. Somos egoístas, e isso está refletido na existência de sociedades injustas pelo planeta.

Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer; pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,

Romanos 3:10,23

A conclusão de que não estamos à altura do padrão da justiça divina é evidenciada pela morte do corpo, a qual todos nós estamos sujeitos, sem exceção. É por isso que todos nós morremos.

Os que ouviram isso perguntaram: "Então, quem pode ser salvo? "

Lucas 18:26


O plano de Deus para resgatar o homem 

Em resumo, vimos até o momento que:

  • O homem foi criado por Deus com uma natureza não corrompida pelo mal, e com a capacidade de viver continuamente, sem morrer, diante de sua presença.
  • Adão, de livre e espontânea vontade, decidiu desobedecer a Deus, fazendo com que a sua natureza original fosse corrompida e passasse a ser inclinada para o mal, afetando inclusive os seus descendentes. A história humana está recheada de evidências disso.
  • Por isso, Deus expulsou o homem de sua presença e impôs a ele como castigo, entre várias outras coisas, a morte do seu corpo (por sua natureza corrompida) e o juízo pós-morte (por suas obras praticadas).
  • Mesmo aqueles que fazem "boas obras" não escapam da morte do corpo, sendo isso uma evidência de que tais feitos não são suficientes, diante de Deus, para os justificar. Em nosso egoísmo não somos capazes de "mutilar" nosso bem estar, de forma que sempre existiram e sempre existirão nações ou pessoas ricas de um lado, e nações ou pessoas miséráveis do outro lado (Deuteronômio 15:11).
  • Assim quer por nossa incapacidade de autorestaurar nossa natureza original ou quer por não conseguirmos viver segundo os justos padrões divinos, todos nós seríamos condenados, ainda que alguns estejam sujeitos a penas mais duras do que outros (Mateus 10:15).

Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer; pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,

Romanos 3:10,23

O plano de resgate divino

Apesar de tudo isso, Deus elaborou um plano para resgatar o homem, isto é, livrá-lo do juízo divino e recolocá-lo diante de sua presença, tal qual era com Adão, antes dele se corromper.

Esse plano não se refere à regras que passaremos a cumprir, nem mesmo à penitências que venhamos a nos impor, muitos menos de contribuições em dinheiro (1 Coríntios 13:1-3; Gálatas 2:16), pois absolutamente nenhuma dessas coisas tem o poder de remover ou transformar a nossa natureza corrompida, razão pela qual não podemos herdar a eternidade com Deus através de nós mesmos.

Irmãos, eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível.

1 Coríntios 15:50 

Imagine um incêndio de grandes proporções num prédio muito alto, onde o seu topo fosse o único lugar livre de chamas, fazendo com que todos corressem para lá. No entanto, todos se perderiam, se um helicópetero não fosse enviado para resgatá-los.

É disso que se trata o plano de resgate do homem, Deus envia esse helicópetero, isto é, seu Filho Unigênito, Jesus Cristo para nos resgatar (Mateus 18:11).

As motivações de Deus para resgatar o homem

Tendo o homem dado as costas a Deus, como entender os motivos para Deus elaborar esse plano de resgate?

Como normalmente trataríamos alguém que se voltou contra nós e não tem nenhuma indicação de arrependimento, nem vontade de querer se reconciliar conosco?

Talvez nós estivéssemos dispostos a buscar uma reconciliação com essa parte agressora, caso tal pessoa fosse um filho, uma filha ou alguém a quem amássemos profundamente.

Então é através da iniciativa de Deus de reconciliar o homem consigo mesmo (2 Coríntios 5:18), que se torna mais fácil compreender seu imenso amor por nós.

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

João 3:16 

Porque a crucificação de Jesus é o resgate do homem

Antes de mais nada, é preciso entender que Deus tem atributos e princípios imutáveis, que não se alteram com o passar do tempo (Hebreus 13:8). Dentre eles: 

Sendo Deus quem é, e tendo antecipadamente avisado a Adão sobre as consequências em desobedecè-lo (Gênesis 3:3), Deus então não pode deixar de aplicar o castigo que havia determinado ao homem. Por outro lado, Deus tem um grande amor pelo homem que criou.

É na vinda de Jesus que, tanto o juízo de Deus sobre o homem, quanto seu o amor por ele, são harmonicamente satisfeitos:

  • Quanto ao juízo. O castigo que deveria ser aplicado sobre a humanidade em função de sua desobediência, foi aplicado sobre Jesus em sua crucificação, pois ele se ofereceu para tomar o nosso lugar (Isaías 53:5; João 10:18).
  • Quanto ao amor. Que pai ofereceria seu único filho como sacrifício para salvar alguém que se rebelou contra ele? Foi exatamente o que Deus fez ao oferecer Jesus como sacrifício por nós, para nos provar a magnitude de seu amor pelo homem que havia criado.

Mas por que Deus aceita a morte de Jesus, como o cumprimento da execução da pena cabível ao homem em função de sua desobediência? Como entender isso?

Imagine que você tenha sido imprudente ao dirigir, se envolveu num grave acidente e por isso teve que contrair uma dívida hospitalar tão monstruosa, que nem mesmo trabalhando por toda a sua vida você conseguirá pagá-la.

De repente, alguém se prontifica a liquidar a sua impagável dívida hospitalar em seu lugar. E claro, o hospital não se recusará a dar a sua dívida como quitada, desde que o pagamento seja feito com uma "moeda aceitável" pelo hospital.

Em relação a dívida do homem com Deus, a única "moeda aceitável" é a morte (Romanos 6:23), em nosso lugar, de um homem que não merecesse morrer por não ter pecados, ou seja, Jesus Cristo.

Tendo Jesus dado provas à humanidade de ser o Filho Unigênito de Deus que veio em forma humana, ele não tinha a nossa natureza corrompida e não cometeu pecado algum em sua vida terrena. E ele se ofereceu para morrer em nosso lugar (João 10:18; Mateus 26:53-54), e por isso Deus aceita a sua morte como pagamento da nossa dívida.

Dessa forma Jesus comprou a nossa dívida, e cujo valor não é mais cobrado, pois a salvação eterna é por graça ou favor imerecido. Todavia há uma condição para se obter isso, e mais uma vez não envolve penitências, obras ou dinheiro (Atos 8:20). Trata-se de ter fé em Jesus, o que explicamos na sequência

A salvação somente pela graça (não por obras), por meio da fé em Jesus

Quando Jesus pagou a nossa dívida com sua morte na cruz, isso significa que todos os homens foram resgatados, sem exceção? 

Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.

João 14:6 

A expressão acima "vir ao Pai" é sinônimo de buscarmos nossa reconciliação individual com Deus, após entendermos por que a morte e condenação nos aguardam e que nada do que façamos nos permitir chegar ao Criador. Isso somente é possível através de Jesus Cristo.

É verdade que Jesus pagou a nossa dívida e não nos cobra nada em troca, e por isso que é dito que somos salvos pela graça, isto é, o favor imerecido de Deus:

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.

Efésios 2:8,9 

Mas observe um detalhe acima. É por graça, mas mediante a fé em Jesus. Em outras palavras é preciso crer em Jesus para ter a sua dívida paga:

Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.

João 3:18 

Muitos de nós já participamos de confraternizações empresariais, que em geral, nos é dito tudo o que podemos consumir, sem se preocupar com a conta. Digamos que você, sem fé na promessa da empresa, e  preocupado em perder o emprego por ter consumido repetidas vezes o item mais caro, resolva na saída da festa pagar a sua própria conta.

É a mesma coisa no que refere ao sacrifício de Jesus. Se você não crê que ele pagou a sua dívida na cruz, então você mesmo precisa pagar a sua conta, e como você não tem a moeda aceitável para fazê-lo, logo está sujeito ao julgamento, ao contrário daquele que foi justificado por Jesus.

Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo,

Hebreus 9:27 

Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,

Romanos 8:1 

O que significa crer em Jesus e ter fé nele? No que devemos crer?

Primeiro que a fé não pode ser apenas da "boca para fora", ela precisa existir em nossos corações, no interior da nossa alma:

Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação.

Romanos 10:9,10 

De maneira muito resumida mesmo, a fé em Jesus representa o estado de confiança plena de um indíviduo, de que o tal foi perdoado plenamente através do sacrifício de Jesus. 

A fé em Jesus é "instalada em nosso coração" através de ouvir, entender e crer no evangelho de Cristo. Também de maneira muito sintética:

  • Reconhecer que nossa natureza atual está corrompida e que somos imerecedores de nos chegarmos a Deus por nós mesmos (Lucas 18:18-27; Mateus 5:1-6).
  • Que Jesus é o Filho Unigênito de Deus que veio em forma humana, tendo dado provas de sua condição divina através dos sinais realizados entre incontáveis testemunhas oculares, bem como pelo cumprimento das profecias feitas milhares de anos antes (João 3:18; João 20:30-31).
  • Que Jesus morreu e ressuscitou tendo também aparecido a um grande número de testemunhas oculares (1 Coríntios 15:1-7).
  • Que Jesus morreu em nosso lugar e com seu sacrifício nossos pecados foram perdoados (1 Pedro 2:24).
  • Que Jesus esta à destra de Deus e que voltará uma segunda vez para reunir todos os que o receberam, na eternidade (João 14:18).

A verdadeira fé será naturalmente acompanhada também de um processo de transformação interna, bem como a capacitação para dar fruto (João 7:38; Romanos 10:9-10; Gálatas 5:22-23).

É por isso que é tão importante meditarmos na palavra de Deus para que possamos encontrar o caminho da verdade, e inclusive evitarmos os falsos apóstolos, profetas, mestres etc. que só estão interessados em seus próprios interesses (Judas 1:12).

Jesus respondeu: "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'".

Mateus 4:4 


O futuro da humanidade 

Seja de origem natural ou humana, a história nos conta uma série de eventos grandiosos, que impactaram e tem impactado a vida no planeta, e se alguém nos falasse sobre eles antes deles acontecerem, teríamos dificuldade em acreditar que ocorreriam.

Da mesma forma, vários livros das Escrituras preveem eventos futuros que serão inéditos na história humana.

Assim como, as profecias sobre a vinda de Jesus se cumpriram, Cristo, em sua condição de Filho de Deus, disse que irá voltar para buscar aqueles que o receberam, bem como para trazer juízo à humanidade.

Esse juízo é formado de duas partes: (i) sobre a humanidade: eventos que culminarão num elevadíssimo número de mortes, inclusive devido à guerras (não devemos esquecer do poder de destruição, já existente, das armas nucleares); (ii) sobre os indíviduos: julgamento final, conforme as obras de cada um.

Os que receberam a Jesus serão salvos desse juízo, que também é formado de duas partes: (ii) livramento dos efeitos do juízo que cairá sobre a humanidade na Terra; e (ii) ressurreição em um novo corpo imortal (sem a natureza pecadora) para uma vida eterna com Deus, inclusive de todos que tenham morrido em Cristo antes disso.

Um dos eventos chave para que essas profecias comecem a se cumprir, trata-se da revelação do anticristo, que se apresentará como uma solução de paz aos conflitos então existentes, razão pelo qual ele acumulará grande poder político. Ele será acompanhado de um falso profeta capaz de realizar sinais sobrenaturais que enganarão a muitos.

Enfim, esse é um resumo do resumo, que não tem a menor pretensão de substituir a leitura das Escrituras, que são textos divinamente inspirados, cheios de sabedoria e de revelações ao homem para ele possa encontrar o caminho até Deus, o Criador, isto é, Jesus Cristo.

Se você é iniciante, sugerimos começar pelo evangelho de João. Leia antes, as explicações sobre como as referências bíblicas são tratadas, para que você possa encontrar os textos em que se baseiam as conclusões apresentadas.

Em caso de dúvidas não hesite em nos enviar uma mensagem.